O Céu
A profecia aterrorizante de um velho livro:
A serpente que impera nesses tempos
A reger o pecado em seu pacto com a humanidade
Será combatida. Um mal derrotado
Os galardões distribuídos aos escolhidos
Essa é a indubitável verdade
Impávida em seu próprio milagre:
Séculos a fio, incorruptível nas mãos dos homens
A ressoarem a inquestionável lei divina
E pérfidos, a construírem na terra
Castelos, riquezas e poder
As expensas da fé dos pecadores
A murmurarem clemencia por sua carne em dor
Por suas almas a um passo do fogo eterno
E marchando em mansa servidão pelo desejo
Do tempo de um longínquo paraíso
Ultimo alento aos escravos das ilusões, o céu.