O meu santuário espiritual

Do desejo nasci nas telas da imaginação

quando diante da ilusão meus os olhos faziam a evasão

nas saias das Mariazinhas, Juêtas e Letas

que sobre a terra exercitavam movimentos de momentos viajantes

atraindo magicamente olhares apaixonados de desejos

e transformavam gigantes em anões!

Bebi das prateleiras da África sensual

mascarada pelas danças de galangua, xitsuketa e marabenta,

o feito não só veio se instalar

como também se fez proliferar

tanto que hoje as minhas veias esquentam e aspiram ate arrebentar me as calças

deixando me a solta para babar o mel deixado no favo das minhas memorias!

Tenho parte da minha história reflectida nas caricaturas e baladas de amor ao vento

descritas pelo poeta Leumas Ouana;

na qual renasço nos anos noventa entre os ventres e entres da minha face oculta,

pois foi com as Felisminas, daquelas conhecidas e esquecidas nas ruas

que desfilei as primeiras lições do amor nas ex-escurecidas ruas do infulene,

na altura enriquecidas exclusivamente pelas enzimas beijosintetases!!

Mãe me prendia a sua capulana

Mas era sempre vencida pelo punho da minha essência

Que da vida adora bailar emoções e viver os seus prazeres

Semeando praticas e vontades que eternamente me tomarão como refugio seguro toda vez que a lua dominar o sol!