Valéria

Valéria madrinha de casamento

Da rebeldia com o contentamento

Secretária da empresa plus desavento

Construção social que demanda cimento

Todo dia

cuspia

na água da pia

Que usava pra fazer o café

Do estranho que lhe dava ordens

Mas não dava bom dia

E como não fazia

Contato visual com o chão que tremia

Tropeçou no próprio forro

E após o famoso silêncio que precede o esporro

Valéria finalmente suspirou com a morte do algoz,

E correu fingidamente pedindo socorro.

26/02/2015

Caio Gatto
Enviado por Caio Gatto em 26/02/2015
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