A FÉ DE UM POVO 


No início de Dezembro, começa a festança
Canôa de Entrada e a chegada  da Santa
Uma viagem no tempo, saudades de criança
E aquela regata de barcos, que a todos encanta

Ela fica numa capelinha, à margem do rio
Até o dia do translado para a Igreja Matriz
É aquela multidão, fogos, canoas e assovio
Aripuanenses, povo gerreiro, festeiro-varonil 

Durante os dias de festa, é aquela animação

Marreteiros, missas, arraial e o forrozão
Vem até banda de fora para animar o festão. 

Numa dessas festas, o coração de João balança
Quer ter Maria nos braços, pelo menos numa Dança

No último dia de festejo, tem a sagrada procissão
Gente simples,  andando e rezando sem pressa
Descalços, tijolo na cabeça, pagando uma promessa

Sinto muita saudade, foram bons tempos que vivi
Hoje na cidade grande, nada disso tenho apreciado
Ah! um dia eu voltarei, para rever tudo  enfeitado

Passar mais um  festejo, no meu querido interior
Rezar na Igrejinha, passear  nas ruas com meu amor
Ouve na voz da Igreja, a Ave Maria toda tardezinha 
Papai abençoando o filho, a Mamãe com a Nenezinha

Assim segue a vida em uma pacata cidade
Um dia estarei de volta, não  importa a idade
Com Fé em Papai do Céu, matarei essa saudade


** A Fé de Um Povo **
Nota: Essa eu a dedico a Cidade onde eu fui Criado e morei até os meus 14 anos de idade, meu Querido Novo Aripuanã-Am, e ao Festejo de Nossa Senhroa da Conceição, a Padroeira da Cidade, acontece todos os anos de 1 a 8 de Dezembro.
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