SAPIÊNCIA

Não me prendo a pinturas e enfeites,

Diante da fosforescência do meu olhar

A vida é intensa fantasia, meu deleite,

Cabe-me tão somente dormir e sonhar.

Meus ouvidos não saboreiam fofocas,

Perante cochichos malévolos do mundo

Vivo à margem intocado em minha oca

Tricotando o que é fútil e vagabundo.

A consciência me instrui valores sadios,

Assim em meu mar só navegam navios

Produzidos no estaleiro da prudência...

Minhas pernas caminham em linha reta,

Minhas mãos coordenam com uma seta

As veredas onde vitrines saciam decência!

De Ivan de Oliveira Melo

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 01/02/2015
Código do texto: T5122317
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