O Cansaço que Cala

O cansaço que me empurra a não achar

Em meu dia, algo em que eu possa me inspirar.

Me derruba os pensamentos num sono corporal,

Me faz viver um breve contentamento de todo visceral.

Cansado em voz de descanso, eu vou falar.

Coisas que eu nem mesmo alcanço ou canso de escutar.

Calarei meus ouvidos convulsionados,

Para esse mundo de todo atordoado.

Ouvirei o clamor dos peitos exasperados,

Dos brados pelo silêncio roubados.

O surto a muito condicionado,

Ouvirei ao longe sem notoriedade.

O som da voz que geme pela maldade,

A humanidade que agora intende a insanidade.

Um Deus que só quer da gente identidade.

Que não o neguemos pela vaidade.

A voz de quem compreende o que é bondade.

Só quero fechar meus ouvidos

Acalmar meu olhos esquecidos.

sentir o perfume verde da manhã,

Junto dos teus olhos me abraçando,

Ter nessa poesia vã,

A certeza de quem esta falando.

Alexandre Rodrigues de Lima
Enviado por Alexandre Rodrigues de Lima em 23/01/2015
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