Uma vida, uma história!
Antes, nos tempos de antanho,
Tinha um orgulho tamanho,
Do trabalho que fazia...
Estudei em escola pública,
Desde quando a República,
Era governada por Vargas.
Do interior, bicho do mato,
Fui estudar num internato,
Enfrentei horas amargas,
Mas aprendi, na escola,
Que passar fazendo cola,
Era, eu mesmo, me enganar;
Porque na hora da verdade,
Pra encarar a faculdade,
Havia um vestibular...
Desde a mais tenra idade,
Exigir responsabilidade,
Era um dos nossos valores.
Patriotismo, também havia,
Pois ainda se queria,
Melhorias para o povo.
Acompanhava pelos jornais,
Em notícias matinais,
O que havia de bom no Brasil.
A construção de Brasília,
Pra onde Juscelino e a família,
Mudaram-se em 21 de abril...
Foi em mil novecentos e sessenta!
Lembro-me em câmara lenta,
Como tudo se passava...
Era tempo de crescimento,
O Brasil jovem, um rebento,
Que já fazia caminhão,
Na fábrica da Fenemê!
Era uma época incrível,
Onde tudo era possível,
Em que crescia a nação!
Já se fabricava um caminhão!
Outras fábricas vieram,
E em São Paulo, fizeram,
Um grande polo industrial!
E na Baixada Santista,
Crescia, sob a nossa vista,
A indústria em Cubatão!
Havia até uma Refinaria,
Que gasolina fazia,
Óleo diesel, e muito gás!
E era da Petrobrás!
Eu ainda era estudante,
Mas pensava bem adiante,
Quando lá, fui visitar.
Imaginei-me como petroleiro,
Um trabalhador pioneiro,
Fazendo o Brasil crescer...
Aquele sonho, acordado,
Um dia foi transformado,
Na maior realidade.
Numa nova Refinaria,
Que a Petrobrás construía,
Fiz um concurso para trabalhar.
Provas, cursos e estágios,
Muitos projetos e presságios,
De que minha vida se transformaria.
Tudo aquilo aconteceu,
Conforme a Refinaria cresceu,
E um Polo Petroquímico se formou.
Fiz parte daquele crescimento,
Com enorme orgulho do momento,
Crescia com a Petrobrás e o Brasil ...
Trinta e cinco anos de trabalho,
Dia e noite, na chuva ou no orvalho,
Mas fazia parte da oitava maior Empresa
Do mundo, que vi nascer; uma proeza,
Que poucas pessoas podem se orgulhar...
Crescemos, porque trabalhamos com qualidade,
Era essa, a nossa finalidade!
Mas vieram, do partido, os sindicalistas,
Com seus ideais fundamentalistas.
Não serviam à Empresa – mas ao partido!
E ao partido, só interessava, manter-se no poder.
Sob um comando maior, o dinheiro, desviaram,
Com perícia de mestre, os desvios camuflaram,
E a Empresa, foi perdendo o seu valor...
Esta é a triste história de uma vida,
Que se esforçou, mas no final, viu perdida,
A razão do seu trabalho, em que lutou com ardor!
Antes, nos tempos de antanho,
Tinha um orgulho tamanho,
Do trabalho que fazia...
Estudei em escola pública,
Desde quando a República,
Era governada por Vargas.
Do interior, bicho do mato,
Fui estudar num internato,
Enfrentei horas amargas,
Mas aprendi, na escola,
Que passar fazendo cola,
Era, eu mesmo, me enganar;
Porque na hora da verdade,
Pra encarar a faculdade,
Havia um vestibular...
Desde a mais tenra idade,
Exigir responsabilidade,
Era um dos nossos valores.
Patriotismo, também havia,
Pois ainda se queria,
Melhorias para o povo.
Acompanhava pelos jornais,
Em notícias matinais,
O que havia de bom no Brasil.
A construção de Brasília,
Pra onde Juscelino e a família,
Mudaram-se em 21 de abril...
Foi em mil novecentos e sessenta!
Lembro-me em câmara lenta,
Como tudo se passava...
Era tempo de crescimento,
O Brasil jovem, um rebento,
Que já fazia caminhão,
Na fábrica da Fenemê!
Era uma época incrível,
Onde tudo era possível,
Em que crescia a nação!
Já se fabricava um caminhão!
Outras fábricas vieram,
E em São Paulo, fizeram,
Um grande polo industrial!
E na Baixada Santista,
Crescia, sob a nossa vista,
A indústria em Cubatão!
Havia até uma Refinaria,
Que gasolina fazia,
Óleo diesel, e muito gás!
E era da Petrobrás!
Eu ainda era estudante,
Mas pensava bem adiante,
Quando lá, fui visitar.
Imaginei-me como petroleiro,
Um trabalhador pioneiro,
Fazendo o Brasil crescer...
Aquele sonho, acordado,
Um dia foi transformado,
Na maior realidade.
Numa nova Refinaria,
Que a Petrobrás construía,
Fiz um concurso para trabalhar.
Provas, cursos e estágios,
Muitos projetos e presságios,
De que minha vida se transformaria.
Tudo aquilo aconteceu,
Conforme a Refinaria cresceu,
E um Polo Petroquímico se formou.
Fiz parte daquele crescimento,
Com enorme orgulho do momento,
Crescia com a Petrobrás e o Brasil ...
Trinta e cinco anos de trabalho,
Dia e noite, na chuva ou no orvalho,
Mas fazia parte da oitava maior Empresa
Do mundo, que vi nascer; uma proeza,
Que poucas pessoas podem se orgulhar...
Crescemos, porque trabalhamos com qualidade,
Era essa, a nossa finalidade!
Mas vieram, do partido, os sindicalistas,
Com seus ideais fundamentalistas.
Não serviam à Empresa – mas ao partido!
E ao partido, só interessava, manter-se no poder.
Sob um comando maior, o dinheiro, desviaram,
Com perícia de mestre, os desvios camuflaram,
E a Empresa, foi perdendo o seu valor...
Esta é a triste história de uma vida,
Que se esforçou, mas no final, viu perdida,
A razão do seu trabalho, em que lutou com ardor!