Mares de pobreza
Seco sertão
Pedaço de chão
Sem água nem pão
Por um pedaço de pão
Mulheres em contradição
Vivem na prostituição
Reféns do mercenário cafetão
O povo sem noção
Vota sem razão
Elegendo político ladrão
Que quer o seu quinhão
Passando a mão
no patrimônio da nação
Craqueiros de cachimbão
Fumam crack de montão
Indo na contramão
Sem rumo nem direção
Homens no camburão
Com três oitão
Na mão
Perseguem o bandidão
Sem terra quer chão
Para alimentar a nação
Mas a reforma agrária é a negação
Do governo de plantão
Jovem com celular na mão
Fica vidradão
Sendo vítima de alienação
E presa fácil pro bandidão
Sociedade que desvaloriza a educação
Vive na contramão
Produzindo um mar de pobreza na nação