E finalmente

Eles nos criam em casa, na rua,

em bares e festas.

Responsabilidade, trabalho, casa, família.

Tentamos sempre o melhor caminho, ficarmos bem.

Por fim tem suas vantagens,

eles nos vendem sonhos

para

nos manter nessa

gaiola.

Nasci nesta jaula – algemas afetivas.

Tudo que há de superficial? Nos devora todo dia.

Quem vai mesmo acreditar:

um dia, finalmente ter sucesso!

Sempre, sempre, sempre guiados pelo mesmo desejo tão podre quanto essas rimas.

Alimentamos esse sistema

e é uma crente ilusão

“o capitalismo vai bem, nos dá tecnologia!”

Sem significado

propósito

continuamos...

Mais prazeres nós buscamos

nunca consistentes,

até que finalmente...

… nosso leito de morte.

Paulo Henrique Mai
Enviado por Paulo Henrique Mai em 30/11/2014
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