E finalmente
Eles nos criam em casa, na rua,
em bares e festas.
Responsabilidade, trabalho, casa, família.
Tentamos sempre o melhor caminho, ficarmos bem.
Por fim tem suas vantagens,
eles nos vendem sonhos
para
nos manter nessa
gaiola.
Nasci nesta jaula – algemas afetivas.
Tudo que há de superficial? Nos devora todo dia.
Quem vai mesmo acreditar:
um dia, finalmente ter sucesso!
Sempre, sempre, sempre guiados pelo mesmo desejo tão podre quanto essas rimas.
Alimentamos esse sistema
e é uma crente ilusão
“o capitalismo vai bem, nos dá tecnologia!”
Sem significado
propósito
continuamos...
Mais prazeres nós buscamos
nunca consistentes,
até que finalmente...
… nosso leito de morte.