Vencer ou vencer
Vejo um deserto no meio dessa multidão.
A verdade se foi, e no passado, a saudade.
Feridas e fome geraram rebelião.
Muitos destroços e mortos estão pela cidade.
Mas na realidade, foi uma auto-destruição.
Daqueles que um dia pensaram que tudo seria em vão.
Sentiu sono ao ver diante disso tanta desgraça.
O presidente dá risada e na poltrona acha graça:
"Quem dá as cartas sou eu.
Enquanto joga, bebeu.
Enforco sonhos de pessoas.
Tomou veneno, morreu."
A justiça não existe, só persiste crueldade.
Não está faltando seres de bem.
Está faltando seres de verdade.
Assuma sua postura e confesse a si mesmo.
Que o nosso destino será o desespero.
Rejeite as dúvidas e jogue fora o que não é seu.
Renove-se, vigore-se, encontre um caminho.
Dê um basta na maldade, coloque seu colírio.
Cegos, porém, vivos.
Precisam acordar imediatamente!
O caos irá tentar dominar a sua e a minha mente.
Neste deserto, sou sobrevivente.
Não sei se vou vencer, mas tenho consciência:
"Covardia seria termos injustiça,
mas covardia de verdade seria permitir cortar minha cabeça."
Jamais subestime a surpresa.
Deixe em sua cabeça a luz acesa.
Ainda não é tarde, mas não há tanto tempo.
Vencer aos gritos ou morrer ao silêncio?