SAUDAÇÕES NEGRITUDE

Saudações: cor, raça!

Pele pintada de tinta opaca,

Opaca de dor, mas que tanto disfarça.

Olá, Cabelo criolo!

Que não permites alguém transpassar.

Tirar os teus fios de ouro arrancar.

Permitistes?! Ah

Não passa de retórica negativa.

É história retroativa.

Tua força.

Mais forte que a morte é

três séculos vencestes de pé.

Tua sensibilidade

Está na lua que reflete o homem

Que tanto o dá brilho, porém, o consome.

Cheiro de café

Que se esparrama em todo lar

Não és o aroma do mais belo manjar?

Achocolatada negritude

Que esparrama à boca sutileza,

De tanta delícia, exala beleza.

Porque preferes

luz ao invés do obscuro?

Se é na noite que percebe-se o tão puro

Olhe! Pense!

Não sei pr'a que pedir.

É bem melhor a gente dormir.

Adeus, cor, raça!

Até mais, cabelo criolo!

Que ninguém lhe arranque o tesouro.

Felipêncio Júnior
Enviado por Felipêncio Júnior em 16/11/2014
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