Turvo

Hoje já não temos nem água.

Ontem já não tínhamos sonhos.

Ontem os rios fartavam de correntezas,de vida e beleza a passear,

Hoje as cicatrizes e marcas de sonhos perdidos se tornam as claras.

As ruas ,demandam de pessoas afugentadas em grades e portas cerradas,

As luzes de um neo nevoo ,turvo,da o tom do desespero em que estamos,

O medo é nosso mais novo tormento,

Medo de nós mesmos, medo de nossos semelhantes,

Feito animais selvagens, ou lobos errantes a procura da matilha,

Entre mídias e revistas ,

A expor um novo reality barbárie,

Onde todos os personagens,buscam por um premio precioso,

A água que os lavem de todas as maldades.

E também da hipocrisia que nos cerca de uma falsa esperança

de sobreviver, sem se dar conta que a cada minuto nos distruimos um a um.