Poema intervencionista.
Democracia pura,
pura Democracia;
de dia me aprecia,
de noite me perfura.
Pura Democracia,
Democracia pura;
de dia me procura,
de noite me espia.
Democracia pura,
pura Democracia;
teu corpo não segura,
as pernas com anemia.
Para que noite? Para
que dia? Democracia
pura. A puta
Democracia que
perdura.
Democracia pura,
puta Democracia;
em teu ventre já nascia
a ditadura com açúcar.
Pura Democracia
Democracia puta;
a minha carne é dura,
meu salário é demagogia.
Puta Democracia
Democracia pura;
a chula força bruta,
a droga que vicia.
Para que nascia? Para
que açúcar? Democracia
puta. A pura
Democracia que
alicia.