Poema de sexta-feira
Quando a noite chegar
Que não se calem
Poetas e compositores
E quem pela noite vagar
Boêmios, amantes, predadores
Posto que a noite é pagã...
Não cale quem quiser cantar
Nas igrejas, templos e bordeis
Mas deixem que durmam as floristas
Nos matizes perfumados da noite
E os meninos do funk e afoxés
Que durmam no cais
Em puídos cobertores
Pois é sexta-feira
Há gente roída de fome
Calados têm que estar
Os pastores
Seus perdidos seguidores
Nos templos profanos
De milagres e mirra
Profanadores da fé
Pois hoje é sexta
E desce a noite
Beijo a todos!