Deserto
A notícia velha diante do espelho,
Maquia-se airosa posando de nova;
Seu Brasil na contramão da história,
Apregoando que avança; uma ova!
pós morte inimigos perdem sentido,
na verdade, lá, serão dignos de pena;
ora apodrecem o que foi conseguido,
super dimensionam a alma pequena...
lobos alardeiam seu amor às ovelhas,
ainda denunciam ao “ódio” do pastor;
acusam à chuva pelas quebradas telhas,
as goteiras seriam por culpa do Criador...
patifes, canalhas, safados, é bem pouco,
suplantam muitos aos piores adjetivos;
quem não se ajoelha é só “reaça”, louco,
como se não fosse predicado dos vivos...
desconstroem nomes, no seu chiqueiro,
isso, admito, fazem com muito capricho;
no demais revoltam-se contra o lixeiro,
que se atreve a tocar em seu amplo lixo...
exortamos com nossos valores àqueles,
como se isso viesse a corar a sua cara;
antes que surgisse vergonha entre eles,
brotariam ricos mananciais no Saara...