A SAGA DE VICENTE
Vicente...que rapaz decente!
Homem inteligente e, que alma nobre!
Seu coração valente, não temia a morte.
Por isso fugiu do norte. Ele foi tentar ser gente.
Para cidade grande foi. Viu... quase venceu!
Atrás dos planos correu, brigou...ele virou ateu.
Enfrentou o frio, a fria solidão...
Pisaram-lhe nos calos, feriram-lhe as mãos...
Quase morreu atropelado, na contra-mão.
Vicente, de família carente.
Vivia contente... Mas queria um pouco mais.
Despediu-se dos pais. A lágrima caiu...
Não desistiu dos sonhos. Foi correr atrás!
Mas tornou-se mendigo, sem abrigo, seqüestrador...
Um homem trabalhador, virou traficante e ladrão.
Na “cidade dos homens”, na “cidade de Deus”...
Oportunidades não teve. Ouvia somente, não!
E morreu com dor de dente... Como indigente...
De falta de humanidade... Da selvageria da gente...
Na selva de pedra, entre centenas, milhares, milhões...
Ele morreu solitário em meio às multidões.