Nômades da água
Hoje eu abri a torneira e nada,
Fiquei bravo e depois assustado,
Abria janela e olhei pelo telhado,
Uma cidade desidratada.
Pedi no vizinho e também nada,
Um copo de água, por favor,
E ele olhando com o mesmo temor,
Cara, a coisa tá complicada.
Sai pelas ruas e comprei uma água,
O preço “pela hora da morte”,
Até que eu tive sorte,
Era a ultima que restava.
Enfim era verdade,
O Oasis se esgotou,
E só o que me restou,
Foi tomar água em outra cidade.