Nômades da água

Hoje eu abri a torneira e nada,

Fiquei bravo e depois assustado,

Abria janela e olhei pelo telhado,

Uma cidade desidratada.

Pedi no vizinho e também nada,

Um copo de água, por favor,

E ele olhando com o mesmo temor,

Cara, a coisa tá complicada.

Sai pelas ruas e comprei uma água,

O preço “pela hora da morte”,

Até que eu tive sorte,

Era a ultima que restava.

Enfim era verdade,

O Oasis se esgotou,

E só o que me restou,

Foi tomar água em outra cidade.

Geraldo Faria
Enviado por Geraldo Faria em 27/09/2014
Reeditado em 27/09/2014
Código do texto: T4978212
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