O envelhecimento

A natureza lhe é como um câncer

Desde o nascimento

Lento a lhe degenerar

Mal que a ciência não pode curar

Agora murcha

A flor não mais pode agradar

O aveludado da pétala

Nenhuma vontade de toque desperta

Nenhum olhar

Que beleza nela há?

Insistente

Mostrando ainda perfume a exalar

Em uma luta entre a vontade e a falta de opção

Cai a flor

E o mesmo vento que espalhava seu perfume ao ar

Espalha suas pétalas ao chão

Sepultando cada uma na solidão

Leone Alves
Enviado por Leone Alves em 19/09/2014
Código do texto: T4968267
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