Delação premiada
Deus deve ter dito:
“Onde está a estrela que eu te dei
numa noite de farta escuridão?
Será que levou tudo para a conta do rei
ou um “raio que o parta” enterrou no chão?
A mão que sujou de óleo,
é a que não trouxe nada,
pois com os braços do pobre,
construiu degraus na escada.
A escada deu poder e até ouro,
mas está com a língua abafada.
A estrela agora tem som de agouro,
Na língua da deleção premiada”.