Contra adição do contrassenso
A juventude que se perde na calçada,
Se esbanjando com as tecnologias em suas mãos.
A outra juventude perdida, desgarrada,
Pedalando seu camelo e munidos de faca ou três oitão.
Não sou contra tecnologia, não é isso.
Só quero falar um pouco da contradição.
Dois moleques pobres,
Sem cor,
Sem alma,
Será que tem coração?
Roubaram as tecnologias dos moleques da calçada,
Vai se seguir a contradição.
Saíram correndo em disparada,
Se separaram na esquina, agora com medo da contra ação.
Não faço caso pra bandido,
Tão pouco pra pai de família que rouba ladrão.
Se juntaram, correram atrás dos dois bandidos.
Sem cor,
Sem alma,
Será que tem coração?
Um escapou, mas apanharam o outro,
Teve sarrafo, ponta pé, murro e dedo no olho,
Dedo da inveja, pois bateram e roubaram o camelo, a faca e o roubo do ladrão.
A dignidade já não tinham e a divagação que me atina,
Quem é bandido?
Quem é ladrão?
Esse é o contrassenso de uma sociedade falida,
Que contradiz a sua razão!