A ESPERA

A ESPERA

È angustiante naqueles incertos dias

Quando a população enfrenta a fera.

Desalentada com a vida não desistia

Apesar do desespero de quem espera.

Esperam subsidiados e reformados

Que alguma coisa possa melhorar.

Esperam doentes e hospitalizados

Que não os deixem desencarnar.

Esperam os proprietários e patrões

Que os livrem da falência e miséria.

Esperam os governantes de nações

Que os tratem como pessoas sérias.

Esperam os usurários e oportunistas

Que tudo lhes vá correndo de feição.

Esperam empresários e capitalistas

Que paguem os euros com prontidão.

Esperam os estudantes e licenciados

Acabar os estudos e arranjar ocupação.

Esperam os queixosos e advogados

Que Justiça se faça com rigor e precisão.

Esperam os operários e empregados

Ter boas condições para trabalhar.

Esperam os emigrantes e exilados

Poderem às suas terras regressar.

Esperam senhorios e inquilinos

Legislação justa e bem elaborada.

O campo, a pesca e os cabotinos

Querem gasolina comparticipada.

Esperam praticantes e desportistas,

Mais apoios e meios para competir.

Esperam os técnicos e cientistas

Receber suas bolsas para progredir.

Espera o povo não pagar pelo malfeitor

Pois defende a moral e ética, com razão.

Que seja o responsável ou o malfeitor

A ser castigado e ter de pagar à Nação.

Com Esperança está quem vive na pobreza

Esperando Casa, Saúde, Paz e Educação,

E que nunca falte o “pão” sobre a mesa.

Pois governem, com mais dignidade a Nação.

Faro, 15 Setembro 2014

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Gualberto Marques
Enviado por Gualberto Marques em 15/09/2014
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