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DOIS MUNDOS
 


No breu das esquinas
deste meu país,
meninos, meninas
d’olhar infeliz.
 

De rua crianças,
sem amor nem norte,
já sem esperanças,
fadadas à sorte.
 

Crianças de rua,
tristeza que corta,
a verdade nua
de todos à porta.
 

Oh, me dá é ânsia,
vê-las tão jogadas,
assim, sem infância,
ao léu das calçadas.
 

Destarte, crianças,
além, triunfantes,
cheias d’esperanças,
deitam-se em brilhantes.
 

Fort., 03/09/2014.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 04/09/2014
Reeditado em 04/09/2014
Código do texto: T4948828
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