AMARGA CURA NO TEMPO
Quando aquela noite,
Sem vento e sem lua,
Vestiu-se dos claros raios do sol
Revelou, das suas entranhas,
Em cada beco e rua
Sua imensa mancha de língua amorfa,
Com infame força de verme
Que se procria
Para macular vidas inteiras;
Nos segundos de cada dia.
Quando aquela noite,
Sem vento e sem lua,
Vestiu-se dos claros raios do sol
Revelou, das suas entranhas,
Em cada beco e rua
Sua imensa mancha de língua amorfa,
Com infame força de verme
Que se procria
Para macular vidas inteiras;
Nos segundos de cada dia.