O desfecho extraordinariamente comum.

Entreteve-se tanto

com o mundo de plástico

que já não sentia mais os pisões,

nem mesmo o peso da classe,

que lhe era – ilusoriamente – natural.

E morreu feliz

(bem melhor que outros):

sentia apenas o que

imaginava possuir.

E o erro, quando vivo,

caso pudesse perceber:

possuía apenas o que

imaginava sentir.

Sempre imaginava.

Nem sempre sentia.

Felipe Conti
Enviado por Felipe Conti em 24/08/2014
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