Olhar Quem Passa

Lançado às feras domesticadas,

Senti-me cheio de nada conjugar,

Ninhadas ardilosas emboscadas,

Subjugaram-me ao mesmo lugar.

São perfeitos na imperfeição,

Exalando mitologias extravagantes,

Nunca chegam a ter noção,

Dos inexequíveis sonhos delirantes.

Delicias obliteradas precocemente,

Deambulantes sem entrosamento,

Percorrem como sempre tristemente,

Os caminhos traçados em momentos.

Cansei-me de olhar quem passava,

Não reconheci sequer imperfeição,

Enfadei-me conforme tudo estava,

Não encontrarei jamais a solução.

Lisboa, 20-10-2013

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 21/08/2014
Código do texto: T4931966
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