Olhar Quem Passa
Lançado às feras domesticadas,
Senti-me cheio de nada conjugar,
Ninhadas ardilosas emboscadas,
Subjugaram-me ao mesmo lugar.
São perfeitos na imperfeição,
Exalando mitologias extravagantes,
Nunca chegam a ter noção,
Dos inexequíveis sonhos delirantes.
Delicias obliteradas precocemente,
Deambulantes sem entrosamento,
Percorrem como sempre tristemente,
Os caminhos traçados em momentos.
Cansei-me de olhar quem passava,
Não reconheci sequer imperfeição,
Enfadei-me conforme tudo estava,
Não encontrarei jamais a solução.
Lisboa, 20-10-2013