Sobrevida.
Num cotidiano truncado e estacionário
reside o extraordinário abatedouro do indivíduo comum
e de lá resultam quase todas as formas de desencanto.
Mas pode haver flores – ou não.
Mas pode haver cores – ou não.
Mas pode haver dores...
Então diz ele: “Pois não!...”
A carne, outrora amaciada pelas utopias,
encontra-se carimbada pelas mesmas sentenças e agora
descobriu a liberdade na prateleira do supermercado.