Sobrevida.

Num cotidiano truncado e estacionário

reside o extraordinário abatedouro do indivíduo comum

e de lá resultam quase todas as formas de desencanto.

Mas pode haver flores – ou não.

Mas pode haver cores – ou não.

Mas pode haver dores...

Então diz ele: “Pois não!...”

A carne, outrora amaciada pelas utopias,

encontra-se carimbada pelas mesmas sentenças e agora

descobriu a liberdade na prateleira do supermercado.

Felipe Conti
Enviado por Felipe Conti em 11/08/2014
Código do texto: T4918389
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