Tupinambá - Indefesos
entrei pelo cano e sai no vazio insano
do funil que é a vida embaixo do céu
segui os passos na areia atrás do dono
do sutil espaço vago na cabeça do réu
depois que a gente entra a gente senta
na corda bamba no batuque do samba
leva na ginga a terapia da pinga benta
e cura na gíria os males de tupinambá
então foi assim o tiro saiu pela culatra
na lida diária fiquei a pé nessa estrada
não tem pressa a hora é essa da fáretra
que carrega no dorso a seta da jornada
depois que a gente entra a gente senta
na corda bamba no batuque do samba
leva na ginga a terapia da pinga benta
e cura na gíria os males de tupinambá
caí em cena encontrei na pena o verso
mas não havia na poeira um horizonte
levantei e sacudi no vácuo o universo
de ibirapitanga lá da ladeira do monte