Tupinambá - Indefesos

entrei pelo cano e sai no vazio insano

do funil que é a vida embaixo do céu

segui os passos na areia atrás do dono

do sutil espaço vago na cabeça do réu

depois que a gente entra a gente senta

na corda bamba no batuque do samba

leva na ginga a terapia da pinga benta

e cura na gíria os males de tupinambá

então foi assim o tiro saiu pela culatra

na lida diária fiquei a pé nessa estrada

não tem pressa a hora é essa da fáretra

que carrega no dorso a seta da jornada

depois que a gente entra a gente senta

na corda bamba no batuque do samba

leva na ginga a terapia da pinga benta

e cura na gíria os males de tupinambá

caí em cena encontrei na pena o verso

mas não havia na poeira um horizonte

levantei e sacudi no vácuo o universo

de ibirapitanga lá da ladeira do monte

MarcondeSchifter
Enviado por MarcondeSchifter em 07/08/2014
Reeditado em 30/01/2015
Código do texto: T4913843
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