A flor do cemitério
O que fazes parada aí formosa flor,
Movimentando as suas pétalas perfumadas,
Ao vento exposta por almas desprezadas.
Vigiando a solidão do silêncio da dor?
Nenhum homenageado vai querer pegá-la,
Nesse cemitério a natureza é morta.
Quando consumado, teu cheiro não importa,
Não tem mais motivos para vir cheirá-la.
Quem te colocou no réquiem de um jaz?
-Foram os que moram fora das sepulturas.
Ó seus insanos, as flores precisam rebrotar ternuras,
E às almas queridas, que descansem em paz!