Otimismo proletário
Que o mal necessário seja surdo
E não atenda ao rosário dos loucos
Que rogam por essa opção
Por falta de imaginação
Que o prêmio de consolação
Tenha mais valor que o dado
Ao primeiro colocado, coitado,
O frustrado aclamado campeão
Que as curvas da pobreza, com certeza,
Cheguem à esquina do passado
E dobre a ferina língua dos dados
Tidos como acertados por toda uma geração
Que as ideias guardadas
Felizes e libertadas
Saiam enfim das bancadas
Dos guetos, núcleos, rincões...
Que as experiências vividas
Sejam enfim aproveitadas
Como óbvias antigas
Escondidas soluções
Muitas vezes descartadas
Nas quase sempre alienadas
Mesas de reuniões
E que enfim as manadas
Deixem as margens onde forçadas
Mantidas condicionadas
Sustentavam seus patrões