Insignificâncias

Incógnitas insignificâncias,

Pululam perdidas por aí,

Nascem e morrem todos os dias,

Com egos inconscientes,

Cegos à falta de razão,

Na sua singela existência.

Falsos demagogos hipócritas,

Escondidos no medo,

Da sua mortalidade,

Aprendizes ignotos,

Da essência natural,

Letargia moral e de carácter,

A rodos no seu bestial pensar.

Eles e elas, grandes e pequenos,

Novos e velhos, sábios e idiotas,

Todos prisioneiros cativos,

Da metafísica da boçalidade.

Se é esse o preço para vencer,

Deixai-me na minha parca indigência,

Se é esse o preço para ser feliz,

Deixai-me na minha doce tristeza taciturna,

Deixai-me na melancolia nostálgica,

Da minha própria insignificância.

Lx, 16-6-2009

Paulo Gil
Enviado por Paulo Gil em 24/06/2014
Código do texto: T4856876
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