Insignificâncias
Incógnitas insignificâncias,
Pululam perdidas por aí,
Nascem e morrem todos os dias,
Com egos inconscientes,
Cegos à falta de razão,
Na sua singela existência.
Falsos demagogos hipócritas,
Escondidos no medo,
Da sua mortalidade,
Aprendizes ignotos,
Da essência natural,
Letargia moral e de carácter,
A rodos no seu bestial pensar.
Eles e elas, grandes e pequenos,
Novos e velhos, sábios e idiotas,
Todos prisioneiros cativos,
Da metafísica da boçalidade.
Se é esse o preço para vencer,
Deixai-me na minha parca indigência,
Se é esse o preço para ser feliz,
Deixai-me na minha doce tristeza taciturna,
Deixai-me na melancolia nostálgica,
Da minha própria insignificância.
Lx, 16-6-2009