= Sina Assassina =

Sempre foi f... seu fado

Sem sul, norte, zero sorte

Sua vida um fardo

Um, apenas um

Apenas mais um

Um a mais entre tantos

Apenas pesares

A pesarem-lhe sobre o corpo

Maltrapilho, sujo, roto

Indigente

Indiferente aos olhos áridos

Insensíveis, de tanta gente

Não conta em nenhuma estatística

Não lhe atende

Nenhum programa social

Mero algarismo que não consta

De uma conta que não fecha

Incremente ronda-lhe a morte

Decerto a única coisa certa

Em seu destino escroto

Quando finalmente

E felizmente (pra ele), morto

Para nós infelizmente

Pois queiramos ou não

Perderemos (mais) um irmão

E ficaremos nós com nossas

Caras de paisagem

Sem saber ao certo

O fim das nossas viagens

= Roberto Coradini {bp} =

19//06//2014

p.s. Hoje tem também = Inverno =

Grato e abraço.