ME DESCULPEM....

Pela poesia inóspita

Mediana e concisa

Dos que não têm ambição.

Me desculpem,

Pelas letras sempre ávidas

Pulso inquieto,fácies pálida

Irreverência à ilusão.

Me desculpem,

Pelo alimento frusto

Pelo terreno obtuso

Dos que só buscaram ser.

Não há dolo nessa média distorcida

Na torrada amanhecida

No café que degustei.

Me desculpem,

Pela dor ora pulsante

Pelo verso horripilante

Frente a hora inominada.

Consciência...

Me aconteceu tão cedo

Frente a tanto desespero

Sem antídoto ao desconcerto.

Não sou rima que verseja elitizada

Nem sou vida da calçada

Dos transeuntes dos nadas.

Me desculpem.

Me desculpem pela média conquistada

Pão e água destilada!

Dos venenos que espantei.

Me desculpem...do suor evaporado

Pelo folego trabalhado

Madrugada, despertei!

Me desculpem...

Pela hora tão Sonhada

Feminina na alvorada

Mulher- vida eu gerei.

Por não ter culpa de nada

Me desculpem pela estrada

Mediana, eu caminhei.

Pela média das verdades

Rimas de dignidade!

Mediana, que alcancei.

Me desculpem.

Nota do autor: Eu dedico essa minha poesia a todo o sistema que me inspira o sentimento...também pelo outro.