Qualquer gol me serve
A Copa das Copas, eis o fim da falácia,
Marketing é muito dócil, o fato, hostil;
Minha razão celebrou o gol da Croácia,
O bosta do coração, os três do Brasil...
Que fazer se me assolam as duas partes,
Uma apaixonada, outra, sóbria, analítica;
Essa tem medo que a excelência na arte,
Mascare e cubra a safadeza na política...
Mas o silêncio de certos pavões até anima,
No fundo os pulhas sabem o que acontece;
Entre incautos inauguram maquete de latrina,
Mas, se escondem onde o vento não favorece...
Que o povo discerne bem entre joio e trigo,
É uma perspectiva que causa certo alento;
Que a “Encubação” Tupi morra do umbigo,
Na próxima eleição será golaço, bola dentro...
Role a gorducha, pois, tremulem as redes,
quiçá, a taça permaneça, nos braços da glória;
Mas, que os que se cobrem de amarelo e verde,
Não vertam em derrota uma eventual vitória...
Da corrupção e fascismo cuidaremos depois,
Aparando as garras do vilipêndio da ordem;
Se os vermelhos esperam nosso sono, pois,
Alguns chatos farão que eleitores acordem...