EU NÃO QUERO TROCO

EU NÃO QUERO TROCO

Olhaêê,a poesia Preta freguêsa! (2 x)

Venha,venha! Chegue mais.

Tenho letras misturado a sílabas,

Sílabas misturada a versos,

Versos de todos os jeitos e formas,

E de versos. Ah!

E de versos eu entendo bem.

A nossa moeda de troca,não é dinheiro,

Não é cartão,não é cheque,

É o teu sorriso e um pouco do seu tempo.

Pode ser?

Olhaêê,a poesia Preta freguêsa! (2 x)

Tô chegando hein? Tô chegando!

Tô subindo a ladeira com o meu cesto de falas lindas,

Cheios de estrofes,pontos gramaticais,

Interrogações,pontos de seguimentos,

Travessões,dois pontos:

Exclamações!

A nossa moeda de troca,não é dinheiro,

Não é cartão,não é cheque,

É o teu sorriso e um pouco do seu tempo.

Pode ser?

Olhaêê,a poesia Preta freguêsa! (2 x)

Ô cumadi! Vai pegar outro exemplar comigo hoje?

-Sim,sim!

-Tem aquela poetisa Preta,a Gonesa Goncalves ?

-Tem aquele poeta Preto,o Raphael Mukumbi Lisboa?

Tenho sim cumadi,tenho sim.Tenho esses e outros mais de 300 que nos representam e nos representaram por todos esses anos!

Não há mercado ou venda,quando se fala de poesia Preta,

Porque se marginais somos,o lucro é a consequência,

Somos o boicote a esse tal jogo de interesse elitizado,

Somos a derrubada dos medalhões entregues a esses bostéticos acadêmicos,

Somos a luta pelo verdadeiro direito,

Somos a fala dos que promovem uma Nova História,

Somos a dor dos que já se foram.

Somos marginais...?

Somos marginais...

Somos marginais andantes,semeando a resistência.

MARCONI MACHADO MENEZES
Enviado por MARCONI MACHADO MENEZES em 05/06/2014
Reeditado em 28/11/2014
Código do texto: T4832875
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