A moral e os bons costumes

Vivemos um colapso social,

entre o bem e o mal

e nem o lobo mal sobreviveu

e quem tinha tudo para crescer

não cresceu.

Sem falso moralismo ou cinismo.

Me arranquem o dente,

se ele não tiver mais chances,

mas não me extraiam a alma

pois esta não vos pertence.

Vivemos um momento crucial,

onde o bem e o mal se confundem

e nos confundem também

e continuamos sempre aquém

do que sonhamos e planejamos.

Somos perfeitos idiotas e agiotas,

ladrões de nós mesmos

e continuamos vagando a esmo,

com a falsa impressão de que evoluímos,

mas continuamos microscópicos, como o verme.

Mas somos o que nos serve. E o que serve?

Somos a subserviência, a querência, mas nada queremos.

Findo o natal, vem o reveillon.

Depois o carnaval e festa junina

e nada termina e nada recomeça. Tudo é festa.

A corrupção é um tumor malígno,

no organismo da sociedade,

com pouquíssimas chances de cura,

mas ele pelo menos tem por objetivo

provar que somos vulneráveis e nos forçar

a procurar recursos mais saudáveis.

Ah, que saudade do que não vivi.