Sou da massa

Meu coração tem a cor das presas do carcará

Minha lição foi ouvida e seguida por quem não está

Minha paixão transformou-se num pacto do esperar

Noutras paragens, sem ter opção,

Eu repito o rito que sei encenar

Vivo mais

Vivo, mas...

Crio demais, porém, não me dou bem

O mundo está, decerto, coberto de gente assim,

Que em sua maioria se alia sem guia

Numa utopia desmoralizada

Eles são iguais a mim

Ninguém se importa com a condenação

Só querem saber de saber se ainda bate o seu coração

É uma esperança disfarçada

Uma penitência impingida

Condição de ainda ter vida

Uma vitória desvalida

O prêmio principal é o de consolação

A marca pessoal é a da multidão

Bem-vindo, amigo

Bem-vindo!