TEMORES...
Mirava bem da sua esquina...
Com medo de ser percebido.
Via em sua pálida retina,
Obrigando-se a ser corrompido...
E um novo sol a despontar...
E sem ter nem para onde correr...
Alma fria, quase a gelar...
Sem espaço para perceber.
Alienado sobre o domínio do medo
Uma peleja louca para existir...
Para muitos nem é mais segredo...
Dias piores ainda por vir...
E os seus medos batendo em sua porta...
Momentos que nunca esperava...
Todos lhes dando as costas
Para ver se ele aceitava...
Sem mais espaço até para o seu caminhar...
Suas dúvidas que lhe consome...
Mas... E aí...? É assim que vai ficar...?
E sua dignidade de homem...?
Sentindo na pele o desespero...
Em sua volta, tudo se compõem de incertezas...
Até há dúvidas se ainda terá
Um pouco de pão em sua mesa.
**(L.S)**