veneta
alma de uma porta de ferro
levando os porcos para o matadouro frio do dia a dia
horas com fome de papel verde
e um gosto amargo na garganta
estou construindo poluição
estou construindo poluição
estou construindo poluição
no coração suicida
de uma maquina
que faz greve de fome
desde o dia que o disco voador contou a pior mentira para o macaco
mas na hora do almoço
o robo não pode comer um prato de arroz com feijão e farofa de banana
o frio não quer outro fim para o segredo da marmita
e assim o tempo vai
andando como um cavalo de corrida com motor de vinte burros
e o coitado vai tentar sonhar
com um dolar de prata.