veneta

alma de uma porta de ferro

levando os porcos para o matadouro frio do dia a dia

horas com fome de papel verde

e um gosto amargo na garganta

estou construindo poluição

estou construindo poluição

estou construindo poluição

no coração suicida

de uma maquina

que faz greve de fome

desde o dia que o disco voador contou a pior mentira para o macaco

mas na hora do almoço

o robo não pode comer um prato de arroz com feijão e farofa de banana

o frio não quer outro fim para o segredo da marmita

e assim o tempo vai

andando como um cavalo de corrida com motor de vinte burros

e o coitado vai tentar sonhar

com um dolar de prata.

fred albano
Enviado por fred albano em 06/05/2014
Código do texto: T4796417
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