MINHA REVOLTA AO HOJE
Não abandonei a poesia
Nem ela me abandonou
Apenas me sinto insegura
Com o que vejo por ai!
Quero falar somente de amor
E os noticiários não me deixam mentir
Só vemos sangue e atrocidades
Falar de amor seria só mentir!
Não temos mais motivos de orgulho
Não temos leis, política, segurança.
Vivemos amedrontados num canto
Sem perspectiva de mudança!
Temos que nos conformar
E tentar pagar impostos, contas...
Rezar quando saímos na rua
Enquanto a sociedade se desmonta!
E então eu me pergunto:
Sobre o que vou poetar?
Falar de barbaridades
Não. Não sou eu que vou falar!
Honro a poesia
Quero dignidade
Se amor é utopia
Fico na saudade!
Santo André, 25.04.2014 – 16h48m