OXENTE PAÍS DA ENCHENTE
O céu chora
Nessa terra o girassol não brota!
As bocas de lobo transbordam
E as ruas de SP alagam
Carros tornam-se
Canoas improvisadas
Na tonalidade turva d’água
O alaranjado do barro se destaca
Barracos se desmancham
Como cartas de baralho empilhadas
Os eletrodomésticos são perdidos
E ficam as diversas prestações
Se apocalipse quer dizer revelação
Faço dos meus versos
Revelação do descaso
Com a mão trabalhadora da nação