PRECE DE UM NORDESTINO

Cansado já de tanto sofre

Vim cá pá pedi ajuda a suncê

Ói meu Padim Ciço cuma  a gente  pode vive

Jå fai muito tempo que chuva a gente num vê

A água tudinha  fai tempo seco

E o fejão que prantei num qué sabe de nasce

Sem chuva a terra séca e fai secá o grão

E séca tumem a esperança nu coração

Nois pricisa do fejão pá sustentá a famia 

Qui di fome todo dia já cumeça adoece

E da água pá bebê pá pranta pode coe

E nossa famia em paiz pode vive

Os campo secô o gado morreu se acabo

Pro morde não te o que come

E sem o leite pá  tuma 

As criança tumem vão morre 

Ó Padim Ciço pede a Deus nu céu

Pá manda água pá vida miorá

As criança tão cum fomi não tem leite pá bebe

E nói já num guenta  mai isperá

Pede a Deus pa te piedade

Deste povo sofredô

Que memo sofreno muito

Não perde a fé no seu Sinhô

Poesia: M. Ednira P. dos Santos

M Ednira
Enviado por M Ednira em 22/04/2014
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