A raça pirraça
Já fui assim tal qual me lembro
Essa sombra da qual não guardo lembrança
Lambança na carne verga vê o que eu vejo se enxerga
Vermelho é sangue não é chão.
Diz ter compaixão da vida, a vida amiga é pra ser humana: - A memória anda perdida e eterna!
Porque o negro é um ser continuado.
Hoje não há luar e nem preconceito
Diz o homem preconceituado revestido de panos de linho
Não perde a linha, calado vive.
Então vou viver assim tão bem driblando com ginga o medo
Não troco o tronco da mata nem mato o tranco com truques
É do meu feitio o batuque da minha raça, da fé...
Andança eu dançando o corpo gesticulando em requebro
E quebro-me pensando e sentindo uma carícia doída in memória!
Glória!Glória! povo meu da mesma cor de dor igual, apaziguo
Iguais a mim, abrigos!
Jardins e campos floridos,se referindo um talvez
De brancas e belas rosas contando prosas de raças
Dançando danças amarelas, terras de índios tupãs
Florindo as mesmas belezas, os mesmos amanhãs...