Cotidiano

correm,

de um lado para o outro

preocupados com qualquer

possível atraso.

esbarram em corpos

igualmente apressados

que com olhos mortos

fitam o chão

não há compaixão

para os que trabalham

oito horas por dia

e diaremente se privam

da curta estadia

que é existir

correm,

pois tempo é dinheiro,

dinheiro compra liberdade

e na ânsia de serem livres

acabam escravizados.