INFÂNCIA DESVIVIDA

É na roda

É na bola

É na dança

É na vida do menino

Que cresceu sob o olhar apavorado dos pais.

É o rito de passagem

Nas marcas da maquiagem

Como a pintura de um cartaz.

Para trás ficou todo o cirandar

A envelhecida boneca, a bola de gude, o pirão a girar,

Na louca travessia do tempo.

Fruta verde tão pura

Com traços de fruta madura

Deixadas ao sabor do vento.

As algazarras, as travessuras,

Cede espaço por outras aventuras

Não mais tão inocentes.

Abriu-se o mundo aos olhos curiosos

Perdendo anos preciosos

Na vida da criança e do adolescente.

É na droga

É o crime

É no vício

É no sexo precoce

Que eles julgam firmar a posse

De liberdade e independência.

Todo território tem suas limitações

Todas as fases suas vivências e emoções

Que torna enriquecedora cada nova experiência.

Néo Costa
Enviado por Néo Costa em 01/04/2014
Código do texto: T4752766
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