ESPINHOS
Farpas
Que se elegem
E se alastram
Como epidemia...
Num real
Desarranjo,
Em desalinho
A atual realidade...
Impassíveis,
De desconexos olhos;
Tão insensíveis,
Como pontas de sabre...
Inconsequentes
Criaturas;
Se assim possa dizer,
Serpentes...
Incoerentes,
Aqui padecem...
Assim, como
No paraíso se fez...
Um jardim
De escudos e dores,
De estreitos caminhos
E estranhos odores...
Entre cores e flores,
Ferpas de espinhos...
E malditas baganas
Alambradas de brenhas!
Autor: Valter Pio dos Santos
30/Mar/2014