MINHA COR
Minha cor
É idêntica a da terra
A mais fértil
Que existe
Toda adubada
Nela qualquer grão
Que planta dá
Na minha cor
Não!
Não me deram o pão
Adubaram suas terras
Com meu sangue
Não me libertaram
Jogara-me as traças
Amarrado as correntes
Do racismo
No mesmo solo fértil
Que quando deito sob
Nossas cores se confundem
Na união de grão
Que dará a vida
Frutos de LIBERTAÇÃO!