CACOS DE VIDRO
Ainda há pouco senti como se algo saísse de mim
Tenho colhido ramos pelo caminho
Para ver se entro na cidade
Onde os sonhos poderão morrer em paz
Sei que nem a chuva é duradoura
Que todos os dias que vivemos
Um dia passa
Que as preces que fazemos
Voam pelo céu escolhendo seu próprio caminho
As gotas de vida que ainda me restam
Já têm lugar certo
Pra ficar e eu nem sei onde é
Não sei onde há uma verdade
De verdade
Pois todas as “verdades” flutuam no céu
Levarei apenas as mágoas que me restarem
Pois são elas que precisam de perdão
Mesmo que não tenham sido plantadas
Por mim
Arnoldo Pimentel
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