BRASIS
Até parece que existe vários Brasis.
Diversos Brasis, apinhados numa mesma favela.
Nos mesmos declives, nos mesmos abismos!
Destes, à zona Sul, e esse desnivelamento não é paisagem!
É desnível social, desigualdade depravada.
Há um Brasil na escola particular, há Brasil escola pública.
Há um Brasil na privada, Brasil como concepção,
Dessa politicagem pachorrenta, essa imensa pintura-borrão!
Há um Brasil, cuja seca é uma indústria vergonhosa.
Brasil, que precisa ser redescoberto, reinventado,
Ratificado, principalmente pelos nossos jovens...
Entendam que o mau desse desnível está fundamentado.
Numa falta de educação apropriada, e pagamos árduo preço,
Pela ausência desses valores, por essas deficiências...
Há um Brasil penando, nas várias filas institucionalizadas.
Há um Brasil cartelizado, mandando à P.Q, o seu povo!
E tudo se particulariza nesses tristes exemplos.
Há um Brasil que desce os morros, e outros que sobem.
Para fotografar,o excepcional, turismo em moda,
A espreitar, filmar, a miséria, e a dor alheia!
Até parece que por aqui, há um Brazil, estereotipado,
Por Tio Sam, esse Brasil de imensidão natural.
Do Oiapoque ao Chuí, e esses vários Brasis...
Gritam uníssonos é gol, nas tardes de domingo.
Com mesmas fomes particularizadas.
Mesmas diversidades, mesmos desajustes.
Até parece que por aqui há vários Brasis,
Um Brasil próspero, e outro que anda na merda!
Olhem, não é pejorativo esse termo, é nossa realidade.
Não há deboche, apenas desnudo essas verdades...
Há um Brasil que doa, vende-se, entrega,
Numa mesma proporção alarmante, que come,devora!
Ou não Há? Ou não há esses Brasis?
Albérico Silva