VIRA-LATA
Quão um cão vira-lata
Desnudado do rabo
Que apruma as orelhas
Usando terno e gravata...
De focinho empinado
Empossado do trono
Ele se pinta e retrata
Como um tal magnata...
Entrelaçado nas atas
Sempre afronta os fatos
Nunca elabora projetos
E nem cumpre o que fala...
Mas se sente o dono
Toda vez que relata
Sobre o ônus do teto
Como simples sucata!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev/2014