Grito de Liberdade*
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Um dia, eu gritei
e esse grito entre as nuvens
planou tão alto
tão longo que chorei
senti na alma o tremor
de tantos gritos
que ao meu se juntou
dispensei às trevas
dilacerei as travas
e encarei quem sou
sei que a verdade é raiz
subsiste ao mal que forte
e sem dó, sem luta
a vida de todos prediz
e na caminhada a penetração no ar
pelos gritos...gritos...gritos
que abalam que sufocam
os vícios de outrora
de repente tudo parado !
tudo mudado
o grito do silêncio
faz acordar o novo homem
que de braços abertos de olhos abertos
parte para o futuro
vislumbra uma nova realidade
ao notar esse futuro tão perto
como o ultrapassar de um muro.
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Alzira Paiva Tavares
Olinda 25/06/2013